sexta-feira, 8 de março de 2019

The party is over...

Gostaria de falar que o post a seguir faz parte de uma história que eu andei bolando e volta e meia irei postar continuações, pequeno esclarecimento, o personagem da história embora tenha algumas coisas a ver comigo, não sou eu, ele apenas divide experiências parecidas com as minhas nas quais eu obviamente me inspirei, e não necessariamente todos os personagens serão inspirados em alguém que eu conheça, espero que gostem meus jovens pads, e que leiam embora tenha ficado um pouco longo, que as internets estejam com vcs:

"A garrafa vazia de vodka rolava de um dos meus pés para o outro o tempo todo, sentia um zumbido incessante no meu ouvido que me irritava, não sabia se a sensação era ampliada pelo fato de eu estar bêbado ou pela raiva que eu sentia nesse fim de noite, um misto engraçado de ira e melancolia. Eu era de fato o ultimo cliente na boate inteira, estava sentado no meio do salão, remoendo meus sentimentos e lambendo minhas feridas, meus amigos haviam partido a mais de uma hora, um deles havia levado minha chave para que eu não dirigisse e se despedindo com um leve tapinha nas minhas costas e um "se cuida, não vai fazer merda", nenhum deles estranhava mais a minha mudança repentina de humor, todos sabiam aonde a minha noite tinha dado errado e mesmo os mais novos membros do clã poderiam delimitar em qual momento da noite eu, o festeiro pagando drinks pra todos havia se tornado o mal humorado no canto escuro da festa se acabando em garrafas de vodka importada e alimentando o pequeno monstro que habitava dentro de mim...
Ela, foi isso que mudara tudo, a entrada dela na boate fez o meu coração pular um batimento, fora como se o mundo tivesse parado ao meu redor e atrasado algumas rotações, até aquele segundo eu estava feliz na festa, junto com meus amigos, mulheres lindas e bebidas importadas, mas agora nada disso fazia alguma diferença, não importava o fato de que a loira que me desejava com os olhos fosse uma 10 e aquela garota que acabara de entra na festa fosse apenas uma 8, ela era a minha garota, pelo menos havia sido até um passado não tão distante, quando num dia de tempestade ela terminou comigo no calçadão da praia, gritando palavras de ódio... Agora eu a observava, deslizando por entre as pessoas, cumprimentando os amigos que dividíamos em comum, afinal ela também era uma membra do clã, rapidamente nossos olhos se cruzam, travados um no outro por alguns segundos para logo se desviarem, um frio cumprimento é tudo o que trocamos, um antagonista das noites de amor quentes que dividimos no passado, ela vai para outro ambiente da festa, evitando proximidade, ela tenta respeitar meus sentimentos mesmo que ela não os entenda direito, na mente dela uma vez que o fim havia sido decretado ambos devíamos viver nossas vidas novamente como se nosso relacionamento nunca tivesse acontecido, talvez ela tenha razão e eu esteja errado, talvez.
Sou retirado de meus devaneios por uma mão em meu ombro, ao checar vejo que um segurança me observa, ele é novo na boate pelo menos eu não sei quem ele é...
"Ai, a gente ja ta fechando o camarada vai ter que ir embora."
...pelo visto ele também não sabe quem eu sou, solto um leve xingamento em russo e mando ele passear.
"Ih meu xara ja falei que a gente ta fechando, não adiante ficar falando Ingles não porque eu não vou deixar tu dormir aqui não."
o comportamento do segurança me irrita profundamente, a pegada dele em meu ombro se firma um pouco mais e ele me levanta da cadeira, com um movimento levanto meu dedo do meio em riste para que ele o veja, não como uma ofensa mas sim para que ele note no meu dedo o anel com o símbolo do clã e a pequena lua tatuada um pouco acima do anel. Me divirto ao reparar a cor lentamente deixar a sua face e ele começar a tremer de medo enquanto assimila quem eu sou e com o que ele está lidando, vejo que o rapaz é novo na casa, o que o garantiria meu perdão em qualquer outro dia, um dia em que eu estivesse de bom humor, um dia em que meu caminho não tivesse cruzado o da minha ex-noiva.
"Me desculpa senhor, eu não tinha idéia de que você era um dos..."
Antes que ele termine a palavra eu sibilo um shhh, evitando que ele fale o nome do clã, bocas sujas não deveriam ser capazes de profanar a nossa existência, ele afirma que nunca mais cometera o erro, eu me asseguro disso, levo minha mão direita ao centro do torax dele, sinto a palma arder enquanto a magia flui através dela e abro um leve sorriso ao ver ele se contorcer de dor enquanto construo um pequeno coagulo no seu coração, nada fatal, apenas lhe dando uma pequena lição sobre respeito, em uma semana ele voltara ao trabalho.
Saio da boate e encaro o amanhecer, solto um pequeno uivo em desafio ao sol, começa mais um dia, e mais uma festa chega ao fim."


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